quinta-feira, 2 de agosto de 2018

Pele seca e ressecada: saiba as diferenças





Você sabia que, embora tenham nomes parecidos, a pele seca não é a mesma coisa que a pele ressecada? Essa é uma sutil diferença, mas que impacta na escolha de cosméticos. “O clima frio e o ar seco fazem com que a camada mais externa de células da pele encolha e isso ajuda a degradar as reservas de filagrina, uma proteína que colabora com a hidratação natural e barreira cutânea. Com isso, até mesmo a pele oleosa tende a ficar mais ressecada e pode ser confundida com a pele seca”, explica a dermatologista Thais Pepe, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia.








Segundo a médica, é necessário entender uma diferença: existe a denominação quanto ao tipo de pele (seca, normal, mista ou oleosa) e há condições, internas e externas, que fazem com que até mesmo a pele oleosa possa ficar desidratada ou ressecada. "O tipo é a característica natural da pele, enquanto a condição é algo que pode causar a experiência de outros problemas. Isso pode acontecer a qualquer um, tanto de forma breve e temporária quanto, em alguns casos, de maneira mais longa e persistente”, comenta.

A baixa ingestão de água, a poluição, o vento, o clima seco e até hobbies, como a natação, estão entre os principais fatores que demandam cuidados especiais com a pele. “Em resumo, pele seca representa um tipo específico de pele, enquanto a ressecada é uma preocupação”, sintetiza.

Mas afinal, cientificamente, qual a diferença? “Nossa pele conta com uma membrana hidrolipídica, que é um filme natural de gordura, um óleo, e água, com função de proteger a pele. Se você tem pele seca, isso significa uma carência de óleo. É uma característica que também é comum a outras áreas do corpo, como mãos, couro cabeludo e pernas. Já no caso da pele desidratada, ela está carente de água e isso pode ser proveniente de vários fatores, desde dieta até uso incorreto de cosméticos, que podem ser agressivos e irritantes”, esclarece Thais.

A médica explica que é nesse ponto que pode surgir um problema. “Quando a pele está desidratada, ela produz mais óleo para compensar a falta de água. Isso pode causar produção exacerbada de sebo, irritação, manchas e espinhas”. Para resolver esse problema, Thais ressalta primeiramente a importância de consultar um dermatologista, que fará um diagnóstico correto do tipo de pele e da condição em que ela se encontra. “Além disso, é importante a ingestão de água e, no caso das peles oleosas que estão desidratadas, é necessário fazer a hidratação facial de preferência com séruns, já que eles têm textura fluida e não deixam a pele oleosa ou pesada e com aspecto brilhante em excesso”, garante.

O gel também é indicado para esse tipo de pele, mas atenção: cremes mais pesados devem ser evitados. Já no caso da pele seca, ela tende a sofrer ainda mais. “Os cremes devem ser enriquecidos, ou seja, as formulações devem ter uma textura mais rica, que realmente forme um filme sobre a pele, uma parede de defesa que consiga repor e segurar água para evitar a perda transepidérmica”, explica a médica.






Outro ponto de destaque é com relação à higienização da pele, de forma que o sabonete líquido não deve ter qualquer agente agressor. “Indico as loções e emulsões de limpeza, os sabonetes cremosos ou os líquidos à base de extratos calmantes como calêndula, camomila, aloe vera."

Rotina de beleza

De forma geral, a dermatologista sugere, na rotina de limpeza, as seguintes dicas:

Pele mista ou seca

- Usar sabonetes de limpeza suaves;

- Evitar esfoliantes agressivos;

- Evitar escovas de limpeza ásperas;

- Usar tônicos que contenham ação hidratante.

Pele oleosa

- Buscar produtos com álcool em pequena quantidade na formulação;

- Ignorar produtos altamente perfumados;

- Usar produtos de tratamento, como aqueles à base de ácidos e retinóides, apenas com orientação dermatológica;

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